Lançado em 1979, Unknown Pleasures é o disco de estreia da curta carreira do Joy Division e que entrou para a história da música com uma das melhores estreias de todos os tempos, se tornando uma espécie de bússola para estilos e bandas que surgiram após a primeira onda do punk inglês.
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Caceta! Quando vi o teaser que você jogou no canal do telegram já surtei o cerebelo. Apesar de não ter o nome da banda/álbum, a imagem das ondas de rádio são tão icônicas que a torna inconfundível.
ResponderExcluirAcredito que o sucesso de Unknown Pleasures, o sucesso astronômico porém curto do Joy Division, foi um daqueles a acontecer poucas vezes, e dependeu de uma série tão grande de fatores a ponto de não podermos apontar de quem seria o"mérito".
A banda nem era pós-punk, era um refugo do punk deprê britânico; coube ao produtor perceber no som o potencial de iniciar uma nova era sonora desta forma mesmo: na tentativa e erro. A banda também não era o maior dos primores em performance ou virtuose sonora; o que chamava mais pessoas pra vê-los era o esporro que faziam, e as "danças" esquisitas realizadas por Ian Curtis no palco: por ser epilético, as luzes piscando o faziam estrebuchar no chão em várias ocasiões, e o público achava ser tudo charminho aberrante. Mas a soma disto tudo, mais o fato de o mundo estar metido ralo adentro numa guerra fria, com a possibilidade de ir tudo pras picas com o apertar de um botão, fez de Joy Division o mensageiro do fim do mundo, e de Curtis um pré-Kurt Cobain. Um mártir de sua depressão, doença e arte num mundo indiferente.
Porra, a geração flower power dos hippies prometeu curar o mundo com amor; não passou nem perto. A galera do punk e punk rock ressentidas com a falha do amor partia pra porrada pra mudar o mundo mostrando à sociedade seus podres; igualmente falhou. E finalmente os tristonhos do pós-punk (que depois dariam à luz (ou às trevas) todos os gêneros que você comentou) fez o que qualquer um faria quando ás vésperas do fim do mundo como estávamos: abraçou o desânimo, a apatia, o desapego de tudo. Porque afinal, contra ogivas nucleares prestes a saírem quicando, de quê adiantaria lutar?
Fui nascido e criado justamente nessa meiúca cultural distópica, então você imagina a importância deste álbum, e tudo que ele cantou e tocou, pra mim.
Obrigado demais, Danilo. A relevância deste álbum e banda é inesquecível, e te agradecerei pra sempre por manter viva uma parte da história que tanta gente faz questão de fingir que não existiu.
Abração, véi.